segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A mudança de atitude de Telmo na Cena IV do acto III,
Frei Luís de Sousa

No início da peça podemos constatar que Telmo era o homem de confiança de D. João de Portugal. Condena D. Madalena por ter casado com D. Manuel, mesmo sem ter certezas de que D. João estaria morto e toda a sua lealdade dirigia-se para D. João.
Quando D. Manuel incendiou a sua casa para fugir aos inimigos, Telmo começou a admirá-lo, pois achou que o acto de D. Manuel era puro patriotismo e considerou-o um verdadeiro português.
A partir desde momento, Telmo começou a ser fiel ao seu novo amo, D. Manuel, e deixou de julgar D. Madalena.
No seu monólogo, Telmo faz uma espécie de reflexão sobre a sua vida, ou seja, uma espécie de hybris. Mas, em vez de ser uma revolta interior, é mais uma reflexão e conclusão que Telmo faz da sua vida e de tudo o que se tinha passado com ele. Diz que se afeiçoou bastante a Maria e que já não a via como filha ilegítima ou como filha do pecado. Podemos reparar que nas palavras de Telmo existe um certo sentimento de culpa por não ter acreditado na possibilidade de D. João estar vivo. Pede desculpa por não ter acreditado e ainda refere que a aproximação entre ele e Maria não é pecado, pois considera-a com um anjo.


Raquel

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