quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Enquanto o dia 14 de Fevereiro não chega, que tal começarmos a apreciar algumas árias?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sermão de Santo António aos Peixes, capítulo III


O capítulo III é igualmente um louvor aos peixes, mas agora é feito num carácter particular. O Padre António Vieira “utiliza” quatro peixes para mostrar a relação entre o mundano e o divino e o modo como os peixes se dão a certos cuidados a que os homens nem sequer pensam. Nem sequer dão a devida consideração a certos assuntos.
O primeiro peixe a que se faz alusão é o Santo Peixe de Tobias. É contada a história de Tobias, a quem o Anjo disse para ficar com as entranhas do peixe, pois curava a cegueira e o seu coração expulsava os demónios. Tobias experimentou e curou a cegueira a seu pai e casou-se com uma mulher a quem já tinham morrido muitos maridos, por culpa de um demónio. Então, Tobias expulsou o demónio com o coração do peixe e casou com essa mulher. Este peixe simboliza o poder purificador da palavra de Deus e também se relaciona com as características de Santo António, já que o seu coração também era bom e o fel só está presente em Santo António, através das palavras que disse, quando tentou influenciar a audiência, dizendo que nada estava bem, nem sequer as suas atitudes.
A seguir, é feita a alusão à Rémora. Este tipo de peixe caracteriza-se por ter um corpo pequeno e uma grande força e poder. Tem força suficiente para, ao agarrar uma nau, a conduzir sozinha. A sua principal virtude é a sua determinação e o facto de travar as naus que simbolizam as paixões humanas. São discriminadas quatro naus: a Nau Soberba, a Nau Vingança, a Nau Cobiça e a Nau Sensualidade. A finalidade das interrogações feitas é a de convencer os ouvintes. Os comentários feitos a cada uma têm a função de chamar a atenção dos ouvintes para as várias tentações que precisam de ser evitadas.
O terceiro peixe a ser referido é o Torpedo. Este peixe produz descargas eléctricas que fazem tremer o braço do pescador. Nesta parte do texto, é introduzido um recurso estilístico denominado de gradação (“passa a virtude do peixezinho, da boca ao anzol, do anzol à linha, da linha à cana e da cana ao braço do pescador.”). Ou seja, existe uma intensificação do sentido. Também existe uma relação entre esta gradação e as anáforas presentes no discurso, já que ambas pretendem chamar a atenção dos ouvintes.
Ana Rita Eiras

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Mediocridade e Democracia
Ao preparar a apresentação para este trabalho, baseei-me em certos aspectos, como o facto de neste texto haver uma referência ao Partido Republicano, relativamente a Obama, referindo que este, ao contrário de Sarah Pallin, uma “representante das bases”, era um “elitista do Leste”, devido à educação aristocrática e privilegiada que teve.
Este “tecido conjuntivo”, nas palavras de Vasco Pulido Valente, também é uma parte importante do texto, pois refere-se ao que os eleitores vêem dos candidatos, como sendo um “espelho” de si próprios, ou seja, daqueles cuja vida e aparência mais se assemelham à sua.

A partir de uma crónica de Vasco Pulido Valente, intitulada "Democracia e Mediocridade", publicada no jornal «Público», em 6 de Setembro de 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A pedido de "várias famílias" aqui estão dois vídeos de que gostamos.
Como todos os textos argumentativos, este, em especial, tenta mover a mentalidade dos ouvintes para que estes defendam também a ideia que Martin Luther King tem acerca da discriminação. Martin Luther King tem como objectivo obter o maior número possível de apoiantes para que a sua ideia sobre a discriminação seja aceite.
Nos 1º e 2º parágrafos, Martin Luther king começa por nos falar sobre a realidade, sobre o que está a acontecer naquele momento, a identificar o problema que é a discriminação. Conclui o segundo parágrafo dizendo o que pretende alcançar com o seu discurso, neste caso, os direitos dos negros na sociedade. Esta é a fase retórica da inventio.
De modo a iluminar o povo que o escuta, a dar lhe esperança, Martin Luther King começa a captar o interesse de todos os seus ouvintes, apresentando o comentário: “Mas, cem anos volvidos, o Negro ainda não é livre”. Martin Luther King, neste 3º parágrafo, repete a expressão “cem anos”, que é uma forma de mostrar algo que considera muito importante, que considera que são os detalhes fundamentais de todo o discurso. Estamos a falar então do exordium.
Quero realçar também o 4º parágrafo, que demonstra um propositio narratio, no qual o narrador refere a diminuição de direitos cívicos dos negros, com o objectivo de realçar ainda mais esta discriminação entre os brancos e os negros, dizendo que os brancos têm tudo à sua mercê, ao contrário dos negros, como diz o texto: “Em vez de honrar essa obrigação sagrada, a América passou ao povo negro um cheque sem cobertura, um cheque em cujas costas está escrito «insuficiência de fundos». Mas nós recusamo-nos a acreditar que o banco tenha aberto falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja fundos suficientes nos vastos cofres de oportunidade deste país”.
O parágrafo que mais me espantou foi, de facto, o ultimo parágrafo, da p.46, no momento em que o autor deixa de ler o discurso, pois lembrou-se, através da memorizatio, de algo que poderia usar de um outro texto argumentativo seu: neste caso, o seu texto argumentativo denominado “Eu tenho um sonho” (I have a dream). A partir deste argumento, a meu ver, os seus ouvintes prestam mais atenção ao que Martin Luther King diz, pois, agora é como se ele estivesse mais seguro de si, mais determinado, visto que não era a primeira vez que estava a usar o seu texto chamado “Eu tenho um sonho”. Neste momento, Martin Luther King está a transferir segurança ao seu povo, pois ele próprio tem segurança em si, passando a imagem de um por todos e todos por um, a imagem de que estão ali reunidos para o mesmo fim. No fim, conclui o que está a honrar: a América e toda a sua população, brancos e negros.
João Paiva
Será que todos nós devemos saber argumentar?

Neste texto, vamos falar sobre a necessidade de argumentar.
Argumentar é a apresentação de ideias que têm como objectivo persuadir ou convencer sobre algo. É a expressão verbal do raciocínio.
Os argumentos são algo de essencial no nosso dia-a-dia, para que possamos explicar os nossos pontos de vista e levarmos os outros a pensarem como nós.
Mas nem sempre os argumentos são utilizados para os fins mais correctos. Temos o exemplo de Hitler: excelente e inteligente orador, no entanto, usou a sua capacidade argumentativa para o mal. Temos ainda o exemplo de Saddam Hussein, que, através da argumentação, cometeu um enorme genocídio.
Podemos, então, concluir que nem sempre a argumentação é usada da forma mais correcta.
Existem pessoas, que, ao saberem argumentar, usaram esse dom para cometer crimes e genocídios contra a Humanidade. Essas pessoas, não deviam saber argumentar.
Ana Margarida e João Figueiredo

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Uma forma da adoçar o apetite...
La Boheme- Musettas Waltz - Puccini

domingo, 5 de outubro de 2008

A argumentação é um raciocínio bastante importante, que todos deveriam adoptar na sociedade actual.
É uma forma de persuadir o próximo, tendo em conta a maneira de ver o mundo de cada um, de forma a transmitir os mesmos pensamentos e opiniões acerca de um determinado assunto.
É através de articulações bem estruturadas que conseguimos expressar o nosso ponto de vista e atrair outros apoiantes para as nossas causas.
Todos nós temos um papel importante face ao mundo e às coisas que nos rodeiam. Não podemos deixar as coisas acontecerem e criticar simplesmente o “vizinho”. Temos que alargar os nossos ideais e, para que estes tenham relevância, é necessário saber argumentar.
Mais importante do que saber argumentar, é utilizar este exercício de raciocínio. Não podemos deixar que as pessoas nos rebaixem, temos de exercitar a nossa própria defesa.
Ana Carolina e Raquel
Para mim, todo o argumento é importante, tanto o seu início como o seu fim. Começando uma argumentação por captar, fragilizar, cativar a acção dos ouvintes ou leitores, o argumento foca um princípio ou ideia que o autor do argumento pretende divulgar aos seus semelhantes.
Muitas vezes, o argumento, esta arma temível que pode virar o mundo do avesso, não é creditado pelos ouvintes ou leitores. Os autores deste tipo de texto esquecem-se de que, para cativar a atenção dos ouvintes ou leitores, primeiro, é preciso que as pessoas sintam que o orador está a citar o que se passa na realidade e o que pensa está correcto. Só depois disto é que o orador poderá “passar ao ataque”, mostrar o seu ponto de vista, mover mentalmente a mentalidade das pessoas para que estas acreditem naquilo que ele está a defender.
Isto acontece muitas vezes no quotidiano, como, por exemplo, quando um padre decide criar uma nova religião. Irá muito certamente, e é se quer que a sua religião se propague, usar o texto argumentativo. Primeiro, irá dizer aquilo em que acredita. Depois, irá “passar ao ataque” e dizer porque é que a sua ideia de deus é melhor do que outra qualquer, de modo a mudar a ideia de deus que as pessoas possam ter.
João Paiva
O novo regime de faltas das instituições portuguesas de ensino.
No passado ano lectivo de 2007/2008 foi criada uma lei para se aplicar a todas as escolas de Portugal (incluindo a região autónoma dos Açores e Madeira) no que toca às faltas que cada aluno pode ter durante todo o período escolar.
Na tentativa de abrandar a frequência com que cada aluno faltava às suas aulas, foi instaurada, ainda no anterior ano lectivo, esta nova lei para ver qual a reacção que, tanto pais, como professores e estudantes teriam em relação à adaptação a este novo regime de faltas. Esta novidade sofreu a reacção negativa por parte de todos os intervenientes no processo escolar e, assim, a pedido de muitas escolas de Portugal, houve a tentativa, conseguida, de adiar a aplicação desta nova lei. A generalidade dos alunos e dos professores reagiu de forma menos positiva, porque esta lei não iria ser aplicada no início do ano lectivo, mas sim no decorrer do mesmo. Assim, no final do passado ano lectivo, foi decidido, por parte do Ministério da Educação que, no ano lectivo 2008/2009, esta Lei seria aplicada, desde o início do 1º período de aulas, com o novo regime de faltas. Este regime determina que cada aluno tem um limite de faltas bastante inferior ao do ano passado, provocando, assim, angústia e fúria por parte dos mesmos, mas, ao mesmo tempo, tentando conter os alunos nas escolas, fazendo-os assistir às aulas.
Concluindo esta vaga explicação sobre o novo regime de faltas e reacções em torno do mesmo, posso dizer que esta nova lei obriga a que os alunos tenham consciência de que o seu limite de faltas é muito ligeiro. Sendo assim, eles são obrigados a comparecer a todas as suas lições escolares, se tiverem por objectivo principal transitar de ano.
Mafalda Feio e João Gaspar
O aborto foi um dos temas polémicos mais discutidos nos últimos anos. A legalização do aborto foi para muitos uma porta aberta, enquanto que, para outros, a porta do abismo na qual a humanidade se precipitava. Quando me perguntam o que penso, tento organizar o meu pensamento, o meu instinto e o meu sentimento. A realidade é que as pessoas podem defender o que quiserem, mas essa defesa não passa do que quereríamos que acontecesse connosco. Isso não nos garante que o sentimento do momento não fale mais alto.
Compreendo que esta seja a minha maneira de pensar e não pretendo impô-la a ninguém, mas não deixo de pensar que as pessoas não têm consciência, nem do erro, nem da gravidade do que estão a fazer.
O aborto, o facto de matar uma futura criança no seu estado mais inocente, é, para mim, um motivo de estupefacção. Como é possível? Quando o acto sexual é feito em plena consciência, as suas consequências são conhecidas; e se mesmo assim não são valorizadas, a futura mãe perde o direito a abortar o seu filho.
Quando se diz “é o melhor para mim e para o bebé”, o argumento não passa de um simples suspiro que esconde a verdade da coisa. Não há melhor do que dar a um filho a oportunidade de conhecer a mãe, de ver o mundo por mais duro que seja, pois este vai tornar-se capaz de absorver beleza e contentação a partir das coisas mais simples, tal como todas as crianças. E afinal de contas, não há explicação que justifique o não à vida.
Não sou insensível: chego muitas vezes a ter dúvidas do que acho. Mas penso, e disso não tenho dúvidas, que a legalização deste acto torna-o perfeitamente banal, ao ponto fazer parte do ridículo de um planeamento familiar, constituindo uma opção viável.
Assim como um pai deve proibir a criança para a fazer ver, e não lhe dá a liberdade de escolher se esta não tem a capacidade para tal, também o Estado devia proibir o seu povo, se acreditasse que era o melhor para aquele que ainda não sabe escolher. Mas isto não é possível, pois a mentalidade das pessoas (e de todas mesmo) está cada vez mais egocêntrica, o que se reflecte no facto de muitas vezes o aborto ser realizado com a finalidade de acabar com um futuro fardo a suportar. A nova vida é encarada como uma questão determinada e implicada por problemas menores tais como financeiros, sociais, étnicos, e nunca tem o estatuto real de ser um dos poucos assuntos que ultrapassam qualquer entrave. A nova vida só é possível, para alguns casos, quando ainda cabe na ínfima parte que sobra de todos os projectos, ambições, desejos… Não digo sempre, nem que é a grande parte, e acredito que ainda há muita gente que se sente realizada ao ter um filho que é seu.
Por outro lado, há situações e situações. Abusos sexuais e pedofilia são considerados crimes pela Lei, e o aborto, nesses casos, já era permitido, mesmo antes do último referendo.
No caso de insanidade mental o mesmo acontece, já que a pessoa não está consciente dos seus actos e não tem noção das consequências. A essas situações dou o benefício da dúvida e considero como sendo excepções, pois aí concordo com a liberdade de decisão por parte dos pais do bebé.
Por isso concluo, dizendo que, nas situações comuns, o aborto nunca devia ser uma opção nem um escape. Em situações extremistas, a decisão já deve fazer parte da mãe que carrega o filho, sofrendo os prejuízos por qualquer que seja a sua decisão.
Manter a Lei como estava antes do último referendo - não estando legalizado o aborto, mas havendo excepções - era a coisa certa a fazer para o bem de todos. Como não aconteceu, agora cabe a cada um (mesmo que não tenha capacidade para tal) saber o que deve e não deve fazer.
Marta Serra
Quando Deus criou a terra, criou também o homem e a mulher, duas pessoas que se uniram para formar uma só e dar continuidade à espécie.
O problema em questão traduz-nos que, com a evolução da sociedade, todos os valores prezados até aqui se estão a perder. A ideia de casar e ter filhos tem-se dissipado ao longo dos anos e a importância dada a esta ideia tem sido cada vez menor. Já não existe o conceito de família, constituída pelo pai, pela mãe e pelos filhos.
A problematização desta temática não se dá apenas pelo facto de a mulher se ter emancipado e ser, nos nossos dias, independente, mas também devido à homossexualidade.
Actualmente, quando falamos de Amor, não nos referimos necessariamente a um homem e uma mulher. Cada vez mais, as pessoas assumem-se como amantes do mesmo sexo.
Penso que, como pessoas, têm o direito de sentirem o que querem, por quem querem, a pensar de livre vontade, mas não concordo com esta união.
Como referi em cima, a lei natural da vida, passa pela existência de um homem e de uma mulher numa relação de amor, para que esta possa vir a dar frutos e continuidade à espécie humana, pois duas pessoas do mesmo sexo não o conseguem realizar.
Assim, esta união não faz sentido, se enquadrada no conceito de gerações.
Inês Santos e Mafalda Monteiro
A meu ver todas as partes que constituem um texto argumentativo têm a sua importância, pois é impossível construir uma argumentação sem todas essas peças.
O exórdio, ou seja a introdução deste tipo de texto, é a fase de apresentação. Por exemplo, quando vamos discutir um tema com que não concordamos começamos por chamar a atenção dos leitores.
" Touradas?! quem concorda com esta actividade que nada pensa nos animais e apenas se dirige aos espectadores? Trata-se de um acto grotesco, um acto de má fé! Ganhar dinheiro com a morte e ofensa dos animas? Sou plenamente contra!"
A exposição e confirmação é a fase seguinte, na qual, ao ter prendido o leitor ao papel, se deve dar a opinião usando argumentos credíveis e justificando-os:
..." Há quem diga que os touros não sofrem e que quando são retirados da arena têm uma morte rápida, mas isto não passa de uma grande mentira, de um círculo delas. Os touros são seres vivos e, como tal, merecem ter uma morte normal pois também têm e pertencem ao círculo da vida. Nunca é correcto, independentemente da dor que se provoca ou não, colocar a vida de um ser como divertimento de outros. Deveria ser impensável utilizar a luta pela sobrevivência (em estado não natural) de um animal como meio de angariar dinheiro.
Se um homem quer matar um touro, para quê utilizar o espectáculo? Qual o seu objectivo?
Eu defendo os animais e afirmo que toda esta actividade é um acto de desrespeito e humilhação. E o que mais me ofende é a vontade que os humanos têm e o gozo que lhes dá assistir a toda esta crueldade.
Um agricultor e criador de animais, como se sentirá ele a ver o que criou a ser morto em público, esgotando as suas últimas energias numa corrida contra homens que sentem prazer em lhe espetar uma vara?
Será a nossa espécie tão egoísta a esse ponto, que não só ignora os direitos dos animais como também os dos humanos?"...
Última fase: apelo aos ouvintes, conlusão. Acaba-se a argumentação com uma frase apelativa e conclui-se todo o texto:
..." A minha opinião defende os animais, há quem defenda a economia e os humanos, o dinheiro e o prazer grotesco. Acredito que existem pessoas que defendem os animais e são incapazes de assistir a este tipo de divertimento. Orgulha-me saber que, em cada arena, há um grupo de pessoas protestantes que abrem os olhos a todos os que ouvem uma palavra sua, a favor dos animais e contra todas as actividades que apenas os magoam e humilham.
Se eu criasse animais, era incapaz de os sujeitar a tal maldade, a tal morte. Se eles merecem nascer e crescer ao seu ritmo, porque não morrer assim também?"
Tirando uma destas peças ao texto argumentativo não teria tanta lógica e não seria considerado válido, apenas sem sentido e incompleto.
Assim concluo a defesa do meu ponto de vista.
Ana Patacão
Não existem regras especificas para fazer um texto argumentativo e/ou para estruturar um discurso argumentativo. Existe uma ideia geral que, depois, cada um particulariza e adequa ao seu próprio discurso.
Contudo, todos os que escrevem e discursam obedecem a certas regras.
A primeira parte do texto/discurso consiste em seduzir os ouvintes, mesmo que tenham ideias e concepções diferentes. O indivíduo que faz o discurso tem de ser bem-educado e simpático. Atrai os ouvintes com a sua simpatia. A esta parte dá-se o nome de captatio benenolentiae. É talvez a parte mais importante do discurso, porque revela o tema e o tom do orador. É a parte que capta os ouvintes e é onde os ouvintes “decidem” se estão interessados ou não no discurso e se estarão interessados até ao fim.
No fim, esta é a parte do discurso que mais influencia a decisão dos ouvintes. Relacionando com a ideia de logos, é quando os ouvintes deixam de estar num lugar, não físico, mas mental. Ou seja, mudam de opinião através dos argumentos de um orador.

A Tradição

Várias tradições são condenadas hoje em dia pelas pessoas: entre elas, as touradas.
Essas mesmas pessoas acham que todas as pessoas envolvidas neste meio são contra os animais e os direitos destes e que o objectivo é magoá-los, fazê-los sofrer.
Eu, na minha opinião, acho a tourada uma tradição digna, mas todas as pessoas têm direito a terem os seus gostos, sejam a favor ou contra.
Seja por moda dos defensores dos animais, seja por gosto próprio, existem de facto pessoas contra esta tradição.
Eu tenho a dizer que esta faz parte da nossa história, da história do nosso país. Caracteriza-nos. Como tal, está acima de nós e da nossa opinião. Transcende-nos, pois já foi criada antes de nós e vai continuar depois de nós.
Penso que o objectivo é o espectáculo e não a morte ou sofrimento do touro. Na beleza das lides, das pegas, do contacto entre o toureiro e a assistência e entre os forcados e o touro reside o verdadeiro objectivo e a essência desta tradição.
Ana Rita e Mariana

sábado, 4 de outubro de 2008

A Gente Vai Continuar - Jorge Palma
O texto argumentativo é normalmente constituído por três partes: a introdução, na qual se apresenta a tese ou a ideia principal; o desenvolvimento, que desenvolve e fundamenta a ideia principal; e a conclusão, considerada uma espécie de síntese. Tem como objectivo persuadir. Podendo tratar qualquer tema ou assunto, o argumentador/orador deve utilizar argumentos verdadeiros e convincentes e também contra-argumentos.
Podendo de falar de qualquer assunto, vou abordar a criminalidade. Escolho este tema porque hoje, quando ligamos a televisão, num telejornal, ou quando vamos às papelarias, somos bombardeados com notícias sobre a criminalidade, tema já constantemente debatido na sociedade. Vamos focar a situação específica de Portugal. O número de crimes no nosso país tem vindo, cada vez mais, a aumentar. Nos últimos anos, são frequentemente assaltadas empresas financeiras, bombas de gasolina, lojas, ourivesarias. Tem havido um aumento significativo de uma nova espécie de assaltos, o ‘’car jacking’’, que consiste no roubo de carros e na violência com que o criminoso ou criminosos obrigam as vitimas a deixarem o seu próprio veiculo nas mãos dos assaltantes. Em 2007/2008, verificou-se o maior aumento de criminalidade, mas isto não acontece só em Portugal. Todos os países, sejam ricos ou pobres, são afectados por esta onda de crimes. Achamos que estas situações acontecem devido à crise económica, mas não reconhecemos que se deva recorrer à violência e à criminalidade para alterar a situação financeira de cada um. As pessoas que praticam estes crimes necessitam de ajuda, estão desequilibradas e com falta de apoio social e económico.
Em conclusão, este ciclo de violência vai continuar a aumentar, acompanhando a crise que nos afecta. Penso que as famílias ricas vão continuar ricas e as pobres cada vez mais pobres. A falta de segurança é um ponto fulcral, pois se esta não existir como deve, os roubos e os assaltos vão continuar a existir. Para prevenir estas situações dever-se-ia optar pela necessidade de uma «alteração» da estratégia de combate à criminalidade.
Madalena e Leonardo
Da Argumentação - projectos

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Concerto #12 for Violin in E, Op 3 - (Vivaldi) Berlin Harmonia Mundi

No momento em que se dão os reencontros, abre-se uma janela nova: a da harmonia. Que os nossos reencontros sejam sempre felizes!