domingo, 5 de outubro de 2008

Para mim, todo o argumento é importante, tanto o seu início como o seu fim. Começando uma argumentação por captar, fragilizar, cativar a acção dos ouvintes ou leitores, o argumento foca um princípio ou ideia que o autor do argumento pretende divulgar aos seus semelhantes.
Muitas vezes, o argumento, esta arma temível que pode virar o mundo do avesso, não é creditado pelos ouvintes ou leitores. Os autores deste tipo de texto esquecem-se de que, para cativar a atenção dos ouvintes ou leitores, primeiro, é preciso que as pessoas sintam que o orador está a citar o que se passa na realidade e o que pensa está correcto. Só depois disto é que o orador poderá “passar ao ataque”, mostrar o seu ponto de vista, mover mentalmente a mentalidade das pessoas para que estas acreditem naquilo que ele está a defender.
Isto acontece muitas vezes no quotidiano, como, por exemplo, quando um padre decide criar uma nova religião. Irá muito certamente, e é se quer que a sua religião se propague, usar o texto argumentativo. Primeiro, irá dizer aquilo em que acredita. Depois, irá “passar ao ataque” e dizer porque é que a sua ideia de deus é melhor do que outra qualquer, de modo a mudar a ideia de deus que as pessoas possam ter.
João Paiva

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