domingo, 5 de outubro de 2008

A meu ver todas as partes que constituem um texto argumentativo têm a sua importância, pois é impossível construir uma argumentação sem todas essas peças.
O exórdio, ou seja a introdução deste tipo de texto, é a fase de apresentação. Por exemplo, quando vamos discutir um tema com que não concordamos começamos por chamar a atenção dos leitores.
" Touradas?! quem concorda com esta actividade que nada pensa nos animais e apenas se dirige aos espectadores? Trata-se de um acto grotesco, um acto de má fé! Ganhar dinheiro com a morte e ofensa dos animas? Sou plenamente contra!"
A exposição e confirmação é a fase seguinte, na qual, ao ter prendido o leitor ao papel, se deve dar a opinião usando argumentos credíveis e justificando-os:
..." Há quem diga que os touros não sofrem e que quando são retirados da arena têm uma morte rápida, mas isto não passa de uma grande mentira, de um círculo delas. Os touros são seres vivos e, como tal, merecem ter uma morte normal pois também têm e pertencem ao círculo da vida. Nunca é correcto, independentemente da dor que se provoca ou não, colocar a vida de um ser como divertimento de outros. Deveria ser impensável utilizar a luta pela sobrevivência (em estado não natural) de um animal como meio de angariar dinheiro.
Se um homem quer matar um touro, para quê utilizar o espectáculo? Qual o seu objectivo?
Eu defendo os animais e afirmo que toda esta actividade é um acto de desrespeito e humilhação. E o que mais me ofende é a vontade que os humanos têm e o gozo que lhes dá assistir a toda esta crueldade.
Um agricultor e criador de animais, como se sentirá ele a ver o que criou a ser morto em público, esgotando as suas últimas energias numa corrida contra homens que sentem prazer em lhe espetar uma vara?
Será a nossa espécie tão egoísta a esse ponto, que não só ignora os direitos dos animais como também os dos humanos?"...
Última fase: apelo aos ouvintes, conlusão. Acaba-se a argumentação com uma frase apelativa e conclui-se todo o texto:
..." A minha opinião defende os animais, há quem defenda a economia e os humanos, o dinheiro e o prazer grotesco. Acredito que existem pessoas que defendem os animais e são incapazes de assistir a este tipo de divertimento. Orgulha-me saber que, em cada arena, há um grupo de pessoas protestantes que abrem os olhos a todos os que ouvem uma palavra sua, a favor dos animais e contra todas as actividades que apenas os magoam e humilham.
Se eu criasse animais, era incapaz de os sujeitar a tal maldade, a tal morte. Se eles merecem nascer e crescer ao seu ritmo, porque não morrer assim também?"
Tirando uma destas peças ao texto argumentativo não teria tanta lógica e não seria considerado válido, apenas sem sentido e incompleto.
Assim concluo a defesa do meu ponto de vista.
Ana Patacão

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